quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Fala sério Princesa!

Olhem só essa entrevista super maneira com a Meg Cabot e a Thalita Rebouças (será que o túnel rebouças tem alguma coisa a ver????)


Sempre dando autógrafos, sendo entrevistadas, tirando fotos com fãs/leitores. Todo esse trabalho é recompensador?
MEG CABOT: Acho que tudo faz parte do trabalho. Tirar fotos, autografar livros, tudo isso faz parte, até dar entrevista, o que não é tão prazeroso quanto o assédio dos fãs (risos). Eu amo esse trabalho, nunca pensei que um dia o que eu escrevesse fosse ser publicado. Nunca imaginei que tudo isso fosse fazer parte da minha rotina. E ainda sou paga por isso!
THALITA REBOUÇAS: Eu concordo. Acho que tenho o trabalho mais maravilhoso do mundo, porque eu amo escrever, amo crianças, amo pessoas. E adolescentes são tão amáveis! Quando eu tenho a chance de vir aqui, ver os olhos dos meus leitores e ouvir as coisas tão bonitas que eles me dizem, é incrível. Eu chego em casa e choro. Choro muito, porque as pessoas choram durante o dia, e eu não sei o que fazer. É estranho, não é, Meg? Fico com vontade de chorar também, mas não posso por causa da maquiagem (risos). Aí choro em casa.
Outro aspecto em comum entre vocês duas é a forma carinhosa com que lidam com os leitores. Meg os compara a seus filhos, e Thalita sempre beija os livros que autografa. Alguma vez um deles já foi mal-educado ou passou dos limites no excesso de beijos e abraços?
MEG: Nunca aconteceu. O que já houve foram autores serem grossos comigo, principalmente mulheres. Fico tão chocada! Imagino que seja porque sou best-seller, e eles lidam de um jeito como se, por isso, fossem melhores do que eu. Isso é muito louco. Você já viveu isso, Thalita? THALITA: Sim, já vivi. Há muitos autores que se sentem melhores que você, como se fossem deuses.
Vocês sofrem preconceito por serem autoras de livros para adolescentes?
MEG: Sim, principalmente por parte dos autores de livros para adultos. Eu não sei o que eles pensam sobre o que eu escrevo. Talvez seja o tema. Para mim, o mais importante é o amor, a família, e esses autores escrevem sobre temas como guerras...
THALITA: Temas que são tidos como mais “sérios”. Como se nosso trabalho não fosse sério. E é claro que é. Nós fazemos adolescentes lerem, e isso é muito importante.
Meg escreve também para adultos. E você, Thalita, já pensou em escrever para esse público? THALITA: Nunca.
MEG: Sério, baby? Talvez, quando seus leitores adolescentes crescerem, você possa escrever para eles.
THALITA: Sim, eu sei disso, mas é que acho adulto muito chato! (risos) Sou como o Ziraldo ou a Ruth Rocha, que só escrevem para um único público. Realmente vejo meus fãs crescendo e penso nisso. Quem sabe um dia...
Meg é publicada em vários países, e Thalita também lançou livros em Portugal. Vocês acham que toda garota, qualquer que seja seu país, tem os mesmos sonhos?
MEG: Eu acho que o meu sonho e o da maioria das meninas que me leem é encontrar uma coisa especial dentro de si. Uma característica única que você tenha para dar ao mundo e na qual deve focar. Esse é o caminho para a felicidade e talvez também para se encontrar o amor verdadeiro. Os meus livros são voltados para isso, para ajudá-las a descobrir quem elas são.
THALITA: Eu concordo. Elas têm os mesmos sonhos, os mesmos objetivos. Vivem as mesmas transformações, com a voz ficando estranha, o corpo sofrendo mudanças. Tudo é muito estranho, e eu gosto de saber que meus livros as ajudam a rir e a pensar sobre elas mesmas.

O que vocês gostam de ler?
MEG: Gosto de quase todo tipo de livro, com exceção de ficção científica. Gosto especialmente de histórias de mistério, ficção para mulheres, com romance e humor.
THALITA: Gosto muito de Saramago, de contos, de autores que conheci na minha adolescência, como Luis Fernando Verissimo, João Ubaldo Ribeiro e Fernando Sabino. Também gosto muito da Clarice Lispector, de quem já soube que você é fã, né, Meg?
Quando vocês terminam de escrever um livro, o que sentem?
MEG: Eu fico muito feliz e sei que já posso passar para o próximo (risos).
THALITA: Não, eu fico muito triste! Choro o tempo todo, porque sinto que aquele livro não é mais meu. É claro que eu gosto de todos virem falar comigo, me beijar... Mas é estranho ver que acabou. Depois do lançamento, aí sim fico pensando em como vai ser o próximo.
MEG: Eu choro enquanto estou escrevendo. Choro muito! Penso: “Estou odiando esse livro”. É terrível! Tenho que comer. (risos) Como batata chips, chocolate... (risos) Depois, tenho que fazer muito exercício para manter a forma.
Thalita, queria que você fizesse alguma pergunta para a Meg.
THALITA: Meg, realmente tenho uma pergunta para você! Eu sempre participo de feiras aqui no Brasil e estou adorando ver como uma autora estrangeira reage aos leitores, sempre feliz. Gostaria de saber se você estava esperando esse tipo de recepção. Você está acostumada com isso?
MEG: Não, eu nunca vivi nada parecido na minha vida. Nos Estados Unidos, esse tipo de evento é restrito aos editores, livreiros, não é aberto ao público ou, quando é, não é para tanta gente. Achei uma ideia ótima, e isso ainda não acontece plenamente lá. Há tentativas em Los Angeles e em Washington... Eu adoraria estar com Thalita em uma feira dessas lá nos Estados Unidos. THALITA: O bom é que na Bienal os autores se sentem como popstars. Isso é incrível! Ver as pessoas gritando por você.
MEG: Eu acho que a geração atual de adolescentes está ajudando a promover isso.

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